31.1.10

Palhaçada chamada ENEM




Mais tarde um texto sobre essa grande brincadeira que estão fazendo com o ensino no Brasil.

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23.1.10

Vapt-Vupt








Luta pela vida
Após onze dias do terremoto que devastou o Haiti, um homem, de 24 anos, foi encontrado vivo sob os escombros de um hotel e um mercado. Também, após dez dias do acontecimento, uma senhora de 84 anos foi salva. Realmente, é incrível acompanhar a vontade de viver do ser humano. Diante de todas as adversidades o instinto humano sobressai e impede que uma história seja interrompida. Além disso, é louvável a ação das equipes de resgate que vão até as últimas consequências em busca dessas pessoas. Isso sim é uma demonstração de solidariedade!


Dívida matrimonial
Lá vem a noiva, toda de branco... e com uma hora de atraso. Esse fato corriqueiro nos casórios está com os dias contados. Algumas igrejas de Brasília resolveram punir o excesso nos atrasos dos noivos. A partir de agora a tolerância é de apenas 15 minutos, caso contrário os pombinhos iniciaram a vida conjugal com uma salgada dívida de R$750,00. É.. o que era charme, pode virar um brochante assunto para a lua-de-mel.


Só love, só love...
Após inúmeras declarações de amor, tentativas de contrato e especulações teve início a era do amor na Gávea. Hoje, o atacante Vágner Love estreou com a camisa Rubro-Negra e, rapidamente, deixou a torcida encantada. Com dois gols marcados e uma boa atuação contra o modesto Bangu caiu de vez na graça da Magnética e passa a ser mais uma opção para o técnico Dunga em relação ao grupo que vai à Copa do Mundo, na África. Além disso, reforça ainda mais o qualificado elenco Hexa Campeão Brasileiro. As expectativas são as melhores! Avante Mengão!!


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20.1.10

E a miséria brasileira, como fica?






Como todos puderam acompanhar através dos meios de comunicação, na semana passada, dia 12, um tremor de magnitude 7 devastou o Haiti. Segundo a Defesa Civil, ao menos 75 mil pessoas foram mortas, dentre elas foram confirmadas até agora 19 brasileiros - 17 deles militares das forças de paz da ONU, além do diplomata Luiz Carlos da Costa, segundo homem da missão, e da médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
Com o país devastado, a população sem rumo e o completo caos instalado inúmeras ações de ajuda começaram a ganhar força. Países de todo o mundo passaram a estabelecer medidas imediatas de colaboração, como doação de dinheiro, alimentos e militares. O Brasil, por sua vez, liberou uma verba de R$35 milhões, além de cogitar a possibilidade de dobrar o efetivo militar na área.
Até então, tudo diplomaticamente perfeito. É inegável que tenha de haver essa cooperação nesses momentos de desastres. No entanto, é nessa hora em que podemos observar uma das maiores contradições do nosso país: como em tão pouco tempo surgem milhões e mais milhões de reais para doações, se no Nordeste a população sofre com a subnutrição, a seca e o desemprego? Da onde vem esse dinheiro que poderia ser investido no próprio país? Por que deixar à margem os problemas sociais enfrentados pela população?





Perguntas como essas nos fazem refletir sobre o gerenciamento do capital público e do fim que é dado a todos os impostos que religiosamente somos obrigados a pagar. Será que todo esse dinheiro já não poderia ter salvado milhares de vidas brasileiras? Vale a reflexão.
Outro ponto é o programa de adoção das crianças haitianas. Após o terremoto, mais de 300 famílias brasileiras se ofereceram para esse fim, segundo a embaixada do país. Sem dúvida, uma bela ação. Dar um lar a quem precisa é digno e louvável. No entanto, aonde estão esses brasileiros na hora de adotar as milhares de crianças brasileiras que se encontram em abrigos a espera de uma nova família? É difícil.
O fato de praticarmos as boas ações nos momentos de crise é extremamente relevante e justo. Agora, é preciso realizá-las no dia-a-dia. É necessário que se olhe ao redor e veja, no próprio cotidiano, o que está faltando e o que pode ser melhorado.  Só assim, realmente, estaremos ajudando a construir um mundo cada vez mais igualitário, distante da pobreza e da miséria.
Pense nisso, você também pode colaborar! Acorda, Brasil!


*Créditos: Raphael Rebello, grande amigo!


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11.1.10

Big Brother Cotidiano





Casa dos Artistas, No Limite, Big Brother Brasil, TV Fama, Troca de Famílias, Orkut, Msn. É inegável que na sociedade midiática há uma hipertrofia do campo do privado e da intimidade. Nessa lógica, é possível afirmar que, ao longo do tempo, a tendência da privacidade é desaparecer.
A sociedade é produto do meio. O tempo em que vivemos, a Era da Exposição, nos induz - com o grande avanço tecnológico - ao entretenimento público, a essa invasão da esfera privada. Assim, a crescente audiência dos programas, denominados reality show, comprova que o sujeito social tem necessidade desta nova forma de reconhecimento e de aparição, confirmando o esgarçamento entre o público e o privado.
Além disso, câmeras de segurança, escutas telefônicas, raio-x em aeroportos e localização via satélite engrossam a lista das múltiplas formas de quebra da intimidade. Sob essa ótica, podemos associar a essa ruptura - além dos meios midiáticos - um outro fator: a preocupação em combater a insegurança pública. Quem nunca se sentiu vigiado ao entrar em uma loja ou em um ônibus e ler o aviso: "Sorria, você está sendo filmado"?
E mais, em algumas capitais, todo e qualquer movimento nas ruas é monitorado 24 horas por câmeras da polícia. Assim, a falta de privacidade é como um câncer, chega despercebida, vai minando a auto-defesa e, quando menos se espera, domina completamente a pessoa, sem deixar saídas. Isso é o verdadeiro Big Brother Cotidiano.
Portanto, que a ideia de privacidade está, cada vez mais, escassa na nossa rotina, é indiscutível. Assim, o que nos resta é aprender a conviver com esse reality show urbano e sorrir para as "espiadinhas" no nosso meio particular.


*E não se esqueçam: Vem aí o BBB 10!! Tome espiadinha!!




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10.1.10

Forma de expressão: necessidade em crise





Mais do que em qualquer época, o homem vive hoje a crise da linguagem: tenta se comunicar, procura conhecer os mais variados códigos, dominar mais de um idioma; tenta traduzir os seus sentimentos, os seus pensamentos, a sua visão de mundo. Muitas vezes, dessas tentativas resulta o nada: a incomunicabilidade, os desentendimentos, a desunião.

Mas, como pode? Vivemos em plena era da tecnologia e da comunicação - com internet, email, televisão, jornal - e, ainda assim, estamos em meio a uma crise de identidade linguística. Essa problemática é identificada e definida por fatores do cotidiano. Com a introdução de palavras estrangeiras, a recusa de chamar as coisas pelos verdadeiros nomes e, em muitos casos, o desinteresse de expressar corretamente o idioma, culminam em um fator: a gangrena linguística.
E mais, o fator preponderante para tamanha crise é o precário sistema de ensino. Inúmeras pesquisas mostram que o nível de escolaridade da população é alarmante. Dessa forma, sem a posse da linguagem falada e escrita - maiores formas de expressão -, as pessoas não conseguem expressar o que querem e sentem e, assim, é praticamente impossível a simples comunicação.
Sob essa ótica, o problema é muito maior do que imaginamos, a ponto de se incorporar às agências de comunicação. Os pesquisadores de mercado informam às empresas que o anúncio perfeito não deve conter palavras de mais de duas sílabas e nem sentenças subordinadas. Eles alegam que para haver eficácia no anúncio, ou seja, atingir o entendimento da grande massa populacional, a propaganda deve utilizar uma linguagem reduzida e, até mesmo, corrompida.
Portanto, para combater essa crise que nos atormenta, são necessárias inúmeras mudanças. A introdução de qualidade nos sistemas de ensino, a opção pelo correto uso do idioma e a valorização da língua nacional são alguns fatores que podem colaborar para a substituição do que acontece atualmente, a confissão da ignorância: o silêncio.




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4.1.10

Cibernarcisismo





Invenção contemporânea? Criação da Era Midiática? Circula-se, atualmente, entre as rodas intelectuais e resenhas da rede um novo conceito que visa denominar uma espécie de narcisista da era digital: o Cibernarciso. Entretanto, não é de hoje que o termo narcisismo é empregado à pessoas que cultuam exageradamente a própria imagem.
Conta a mitologia grega que Narciso, jovem muito belo, despertou a paixão da ninfa Eco. Ele, porém, desprezou o amor que lhe foi oferecido e, como vingança, Eco pediu à Afrodite que ele se apaixonasse pela primeira coisa que visse. Ao se admirar no lago, Narciso se apaixonou pela própria imagem e, incapaz de levar a termos sua paixão, suicidou-se por afogamento. A partir de então, o termo passou a ser empregado à essas pessoas que utilizam a própria imagem como uma forma de devoção e autoafirmação. Sob essa ótica, segundo Freud, o narcisismo é inerente ao ser humano, isto é, desde o nascimento, temos algum nível desse sentimento.
"Espelho, espelho meu, existe alguém no mundo mais bela do que eu?" A famosa frase retirada do conto de fadas "Branca de Neve e os Sete Anões" é um exemplo quase perfeito do Cibernarciso. Troca-se o espelho pelo computador, a madrasta pelo homem moderno e a figura refletida pelos os usuários do ciberespaço. Paralelo a isso, mescla-se os avanços tecnológicos e o acirrado conflito entre o homem e a exposição e, então, configura-se o conto contemporâneo. Nos dias de hoje, a internet - com toda a sua capacidade de manifestação - é o veículo mais acessível e utilizado por esse tipo de pessoa. Diante de sites como Orkut, Twitter, Facebook e MySpace - os quais disponibilizam a criação de redes de relacionamento entre os usuários - a divulgação da perfeita forma intelectual e física torna-se algo essencial.
Assim, corrige-se um sinal aqui, esconde-se uma gordurinha ali e pronto: posta-se uma imagem, muitas vezes, irreal. Tudo isso, na maioria dos casos, serve como um modelo de inclusão na sociedade. Mas, para o jornalista e antropólogo Hermano Vianna, esse processo, ao invés de promover a sociabilidade, acaba por empobrecer os laços sociais. "A internet é então o grande lago-espelho onde o tecnonarciso se contempla e se perde", disse.
Entretanto, como tudo na vida, o grande problema é o exagero. Não é porque a pessoa gosta de se cuidar, enfeitar, produzir e demonstrar momentos que marcaram a vida, que é considerada uma neo-narcisista. O controle sobre essas atitudes e o discernimento quanto ao excesso de exposição são as peças chaves para a satisfação. Para Andrew Morrison, em adultos, um nível razoável de narcisismo saudável permite que um indivíduo equilibre a percepção de suas necessidades em relação às de outrem.
Portanto, o Cibernarciso já é uma realidade do século XXI. Com isso, é necessário que cada pessoa tenha em mente os benefícios e os malefícios desse culto exagerado e dessa demasiada exposição. E por fim, mais uma vez, Freud explica: "O narcisismo é um componente do homem, mas é preciso ter cuidado com o excesso".


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