10.1.10

Forma de expressão: necessidade em crise





Mais do que em qualquer época, o homem vive hoje a crise da linguagem: tenta se comunicar, procura conhecer os mais variados códigos, dominar mais de um idioma; tenta traduzir os seus sentimentos, os seus pensamentos, a sua visão de mundo. Muitas vezes, dessas tentativas resulta o nada: a incomunicabilidade, os desentendimentos, a desunião.

Mas, como pode? Vivemos em plena era da tecnologia e da comunicação - com internet, email, televisão, jornal - e, ainda assim, estamos em meio a uma crise de identidade linguística. Essa problemática é identificada e definida por fatores do cotidiano. Com a introdução de palavras estrangeiras, a recusa de chamar as coisas pelos verdadeiros nomes e, em muitos casos, o desinteresse de expressar corretamente o idioma, culminam em um fator: a gangrena linguística.
E mais, o fator preponderante para tamanha crise é o precário sistema de ensino. Inúmeras pesquisas mostram que o nível de escolaridade da população é alarmante. Dessa forma, sem a posse da linguagem falada e escrita - maiores formas de expressão -, as pessoas não conseguem expressar o que querem e sentem e, assim, é praticamente impossível a simples comunicação.
Sob essa ótica, o problema é muito maior do que imaginamos, a ponto de se incorporar às agências de comunicação. Os pesquisadores de mercado informam às empresas que o anúncio perfeito não deve conter palavras de mais de duas sílabas e nem sentenças subordinadas. Eles alegam que para haver eficácia no anúncio, ou seja, atingir o entendimento da grande massa populacional, a propaganda deve utilizar uma linguagem reduzida e, até mesmo, corrompida.
Portanto, para combater essa crise que nos atormenta, são necessárias inúmeras mudanças. A introdução de qualidade nos sistemas de ensino, a opção pelo correto uso do idioma e a valorização da língua nacional são alguns fatores que podem colaborar para a substituição do que acontece atualmente, a confissão da ignorância: o silêncio.




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