11.1.10

Big Brother Cotidiano





Casa dos Artistas, No Limite, Big Brother Brasil, TV Fama, Troca de Famílias, Orkut, Msn. É inegável que na sociedade midiática há uma hipertrofia do campo do privado e da intimidade. Nessa lógica, é possível afirmar que, ao longo do tempo, a tendência da privacidade é desaparecer.
A sociedade é produto do meio. O tempo em que vivemos, a Era da Exposição, nos induz - com o grande avanço tecnológico - ao entretenimento público, a essa invasão da esfera privada. Assim, a crescente audiência dos programas, denominados reality show, comprova que o sujeito social tem necessidade desta nova forma de reconhecimento e de aparição, confirmando o esgarçamento entre o público e o privado.
Além disso, câmeras de segurança, escutas telefônicas, raio-x em aeroportos e localização via satélite engrossam a lista das múltiplas formas de quebra da intimidade. Sob essa ótica, podemos associar a essa ruptura - além dos meios midiáticos - um outro fator: a preocupação em combater a insegurança pública. Quem nunca se sentiu vigiado ao entrar em uma loja ou em um ônibus e ler o aviso: "Sorria, você está sendo filmado"?
E mais, em algumas capitais, todo e qualquer movimento nas ruas é monitorado 24 horas por câmeras da polícia. Assim, a falta de privacidade é como um câncer, chega despercebida, vai minando a auto-defesa e, quando menos se espera, domina completamente a pessoa, sem deixar saídas. Isso é o verdadeiro Big Brother Cotidiano.
Portanto, que a ideia de privacidade está, cada vez mais, escassa na nossa rotina, é indiscutível. Assim, o que nos resta é aprender a conviver com esse reality show urbano e sorrir para as "espiadinhas" no nosso meio particular.


*E não se esqueçam: Vem aí o BBB 10!! Tome espiadinha!!




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