1.3.10

Adeus, minha Colombina!


Penetrantes, AVANTE! Bem, para fechar com essa fase carnavalesca segue abaixo um texto publicado pelo Vithor Torres, dono do blog "1,99 - Hipérboles do Torres" (www.199torres.blogspot.com), que demonstra, com um leve sarcasmo e muito bom humor, uma outra visão sobre essa grandiosa festa. Espero que também gostem.
"Ah, o Carnaval!! Mais um se foi e eu, novamente, fiz a promessa utópica de que nunca mais assistirei aos desfiles.
Sim, a mesmice de sempre passou pelas avenidas de São Paulo e Rio, trazidas, obviamente, pela comunidade (na única data que pode descer do morro com orgulho de si mesma) e seus respectivos presidentes bicheiros e/ou traficantes. Faça o teste: chame, em alto e bom som, em algum período que não seja o Carnaval, alguém pertencente a alguma comunidade e tente confirmar sua origem. Essa pessoa abaixará a cabeça e tentará ocultar a face.
Assim:
- Hei! Você mesmo! É de Nilópolis, certo?
- Fala baixo, pô!



Os sambas sempre englobam palavras africanas, além de acrescentar raça, miscigenação,caravelas, imigração, história e pandeiro. Os enredos são sobre acontecimentos históricos, alguma data importante ou qualquer futilidade. Se algo foge disso, a escola se destaca e é campeã ou ganha poucos pontos e cai para o Grupo de Acesso.
As mulheres compensam todos os aspectos negativos do Carnaval. Todas exuberantes, sejam celebridades, anônimas ou beldades da comunidade, e polêmicas; causam fascínio ao estrangeiro, nóticias aos repórteres e discussão entre os conservadores, que conseguem se incomodar com tapas-sexo de três centímetros. Os destaques das alegorias, no entanto, passam despercebidos (mesmo estando a mais de dez metros de altura. Isso porque todos têm mais de quarenta anos, enfeitam-se com um ridículo e gigantesco rabo de pavão, vêm agarradinhos a duas hastes de metal e gostam de um... – faça a rima que quiser!
Os julgamentos são comprados (os bicheiros negociam o DEZ!!! pela vida do jurado que, quase imediatamente, aceita as condições impostas) e, por cerca de duas horas, intercala notas máximas e exaltações às mães dos jurados.
E o pior de tudo isso é que eu, apesar de ter ciência da situação, passo as madrugadas carnavalescas grudado na TV e à minha caneca de café.
É complicado... Se eu tivesse um pouco de sensatez, iria à Bahia e peregrinaria naqueles arrastões de adestração humana, atrás de um trio-elétrico qualquer."


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ADOTE A CAMPANHA





NãoPenetre!
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