21.12.09

A cidade das maravilhas e dos anéis




O tema já está um pouco ultrapassado, mas é de extrema importância que nós - brasileiros, cidadãos - não deixemos que caia no esquecimento. Por isso, vou postar um Artigo que escrevi na época em que o Brasil foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. O espírito é esse: cobrança total sobre as autoridades antes e, principalmente, depois dos jogos. O Rio não pode parar!
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Parabéns, Rio de Janeiro. Mas, agora, trabalhe! Faltam sete anos. Pode parecer distante, ou seja, temos tempo de sobra, no entanto esquecemos que os Jogos Olímpicos não são apenas vinte dias de festa. É algo muito maior: envolve a sociedade e seus problemas, a cidade e suas deficiências e, em aspecto global, o país e suas relações diplomáticas.
Sediar uma Olimpíada é algo mágico. Saber que o Rio, com toda a maravilha que lhe é peculiar, é a cidade escolhida eleva essa magia. A exuberante beleza natural, associada a grandes investimentos, e a seriedade política geram uma enorme expectativa quanto à magnitude dos Jogos. Construção de centros de excelência esportiva, melhorias no trânsito, investimento em infraestrutura, geração de milhares de empregos e a revitalização da Cidade Maravilhosa, acima de qualquer coisa, é o que esperamos.
Ao que tudo indica, esse será o grande legado deixado pelos cerca de R$28,8 bilhões investidos no estado. Já aprendemos - com o Pan de 2007 - que ser anfitrião de um megaevento esportivo não é apenas maquiar a cidade com belos estádios, mas, fazer disso o impulso para o desenvolvimento econômico e, principalmente, social. Com isso, a população deseja que os "encantos mil", contidos nos versos do compositor André Filho, tornem-se funcionais em suas vidas e, após a festa, não restem apenas enfeites inúteis e sujeira espalhada.
Acredito que fiscalizar e, fundamentalmente, cobrar essas melhorias é função da sociedade. Sobrepor a cautela à euforia é essencial. Não podemos pensar que só o fato de sermos os escolhidos já está tudo garantido. Ao longo das Olimpíadas, foi possível perceber que ser a cidade sede pode tornar-se ainda mais preocupante: Montreal, no Canadá, passou trinta anos pagando uma dívida de R$3 bilhões referentes às obras olímpicas.
Portanto, é inegável que os Jogos abrangem algo muito mais amplo que simples vitórias ou derrotas no esporte. Dessa maneira, é necessário que haja muita responsabilidade social e que, acima de tudo, os investimentos sejam voltados para melhorias sustentáveis. Ao agir dessa forma, faremos algo que o mundo jamais pôde presenciar. Afinal, cá para nós, o "Rio de Janeiro continua lindo" e "é o coração do meu Brasil"!




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